Muitas palavras estão gastas, como dizia o poeta luso Eugénio de Andrade. A palavra "colaboração" é uma delas. Mas que significa "colaboração" ao certo?
O conceito é vasto e muitos têm sido os que têm tentado defini-la. Mas não é tarefa fácil, sobretudo quando aplicada ao contexto profissional, e quando se procura evidenciar a sua validade e o seu contributo, por exemplo, para a aprendizagem dos alunos.
Vamos à fonte latina. "Colaborar" provém do latim collaboro, -are e o sentido primeiro é precisamente trabalhar com, trabalhar conjuntamente com alguém; cooperar; coadjuvar. Em suma promover uma acção com outrém a fim de obter um determinado resultado; agir visando um determinado objectivo; trabalhar com uma ou diversas pessoas tendo em vista alcançar um fim comum, partilhado.
Essa colaboração assenta num acordo estabelecido entre uma ou diversas pessoas, a fim de chegar a um determinado fim.
A colaboração na realização de uma tarefa é exigente, e tem de ser bem articulada do princípio ao fim da acção implementada. Desde a fase de concepção, a de planificação, da organização, da acção e finalmente da avaliação. Assim apreendida a colaboração com outro(s) representa um grande desafio para a prática de cada um e para a dinâmica do grupo em que cada um está inserido.
É com a implementação de práticas colaborativas que se atinge a plena integração numa comunidade, enquanto parte activa de um todo, numa resposta concertada entre pares aos desafios tremendos com os quais as sociedades modernas são confrontadas, numa acção conjunta, partilhada, em detrimento do individualismo. A interacção é superior ao ego.
É sem dúvida no seio do grupo que também treinamos os conceitos de cidadania participativa, onde cada um se faz e se afirma limando, como preconizava Montaigne, o seu espírito, a sua inteligência e as suas ideias com os dos outros. A cultura da colaboração, em vez de diminuir os que a implementam, afigura-se como uma solução organizacional eficaz para as complexos desafios da sociedade contemporânea, permitindo encontrar respostas flexíveis e soluções concertadas, de acordo com valores, princípios e regras comuns, face às dificuldades ou complexidades do mundo actual.
Como é bem visível no pequeno, mas maravilhoso vídeo "CoExist" da autoria de Eran Hilleli, que, de seguida, o vosso Capitão Kispo vos apresenta, acontece que a dimensão interactiva da colaboração se inicia por vezes de forma espontânea e imprevisível, continuando depois de forma voluntária, visando a melhoria e o aperfeiçoamento, e se prolongue no espaço e no tempo. Mas, como bem revela a pequena narrativa contada no vídeo, é desejável que a colaboração seja equitativamente distribuída, sob pena de se tornar numa imagem pálida do que é o verdadeiro trabalho colaborativo. A colaboração tem de ser gratificante e não fonte de dissabores.
Não é necessário fazerem todos a mesma coisa, o importante é que, tudo sumado, todos tenham contribuído e trabalhado por igual, na elaboração e concretização de uma tarefa. Assim sendo, a música será certamente outra, e todos se sentirão mais satisfeitos.
Numa tarefa realizada num verdadeiro espírito colaborativo ninguém sai diminuído, porque, com um esforço conjunto, alcançaram em conjunto resultados maiores do que cada um trabalhando isoladamente.
A colabaração é gratificante. Quem teve a sorte de encontrar pessoas que trabalhem de forma colaborativa, encontrou um tesouro. A colaboração é a chave.
Não é necessário fazerem todos a mesma coisa, o importante é que, tudo sumado, todos tenham contribuído e trabalhado por igual, na elaboração e concretização de uma tarefa. Assim sendo, a música será certamente outra, e todos se sentirão mais satisfeitos.
Numa tarefa realizada num verdadeiro espírito colaborativo ninguém sai diminuído, porque, com um esforço conjunto, alcançaram em conjunto resultados maiores do que cada um trabalhando isoladamente.
A colabaração é gratificante. Quem teve a sorte de encontrar pessoas que trabalhem de forma colaborativa, encontrou um tesouro. A colaboração é a chave.
Capitão Kispo
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