Sensibilidade, nostalgia, emoção, um travo de melancolia e um grito de liberdade, nestes belos textos da D. Luísa, uma das pedras basilares da Biblioteca da escola sede do Agrupamento. E poetisa também.
TALVEZ O SOL
Uma lufada de ar fresco beijou-lhe os cabelos, respirou fundo, sorriu …
Como era bom respirar ar puro.
Olhou o horizonte e pensou:
Que esperava ela?
Sim!… que esperava ela naquele jardim?
Talvez o sol.
Talvez o sol chegasse para alegrar aquele dia triste e sombrio que era a sua vida.
Afinal, talvez não fosse demasiado tarde… talvez ainda desse tempo, talvez o sol ainda nascesse…
SOU LIVRE
Vivo a vida por um fio
Sou tão livre como o vento
Onde me deixo voar
Ao sabor do pensamento
Perdi a noção do tempo
Não tenho dias nem meses
Nem horas para me domar
Sou tão livre como o vento
Onde me deixo voar
Ao sabor do pensamento
Partiu-se o fio da vida
Partiu ao sabor do vento
Onde se deixou voar
Ao sabor do pensamento
Sou tão livre como o vento
Onde me deixo voar
Ao sabor do pensamento
Perdi a noção do tempo
Não tenho dias nem meses
Nem horas para me domar
Sou tão livre como o vento
Onde me deixo voar
Ao sabor do pensamento
Partiu-se o fio da vida
Partiu ao sabor do vento
Onde se deixou voar
Ao sabor do pensamento
OS NATAIS DA MINHA INFÂNCIA
Ah! que saudades tenho.
Dos Natais da minha infância.
Com cheiro a pinheiro manso,
A musgo, a terra, a campo.
Com enfeites de algodão
E de bombons coloridos.
E o café feito à lareira
Com saborzinho a canela
E um cheirinho de aguardente.
Com filhoses e rabanadas
Que amigos e vizinhos
Vinham partilhar com a gente.
Tinham alma, tinham luz.
E tinham mesmo sabor.
Havia neles, mais JESUS
Os Natais da minha infância
Eram Natais pobrezinhos.
Mas tão ricos em Amor.
Dos Natais da minha infância.
Com cheiro a pinheiro manso,
A musgo, a terra, a campo.
Com enfeites de algodão
E de bombons coloridos.
E o café feito à lareira
Com saborzinho a canela
E um cheirinho de aguardente.
Com filhoses e rabanadas
Que amigos e vizinhos
Vinham partilhar com a gente.
Tinham alma, tinham luz.
E tinham mesmo sabor.
Havia neles, mais JESUS
Os Natais da minha infância
Eram Natais pobrezinhos.
Mas tão ricos em Amor.
JARDIM DE INVERNO
Meu doce jardim de inverno.
Onde cansada, repousa minha alma.
Tu és o sol que brilha,
Que me aquece e acalma.
Mesmo que as flores murchem,
As folhas caiam e as nuvens teimosas,
Tapem o sol, no meu jardim de inverno,
Ainda assim, haverá sempre rosas.
Em Setembro
Tu serás sempre o verão
De que me lembro.
Este poema pode ser saboreado ao som da canção de Henri Salvador Jardin d'Hiver
Nota: Estes poemas são originais e foram publicados com autorização da autora.
Sugestão do Kispo
Para conhecer melhor o mundo das palavras da D. Luísa clicar aqui (emoção garantida...)
Professor Hugo, obrigada pela agradável surpresa de ver alguns dos meus poemas no Kispo.O nosso Kispo que vi nascer e já chegou a Capitão e, especialmente, pela critica positiva dos mesmos.
ResponderEliminarBem haja.
Luísa