Onde vamos buscar forças, para colocar conteúdos online? Talvez à certeza de que alguém, algures, um dia, uma tarde, uma noite, passará, ao de leve ou com mais atenção, os olhos sobre o que foi escrito, dito, pensado. Mas que certeza temos nós de comunicar efectivamente? Quase nenhuma!
Escrever e manter um blogue é sempre como quem está numa ilha deserta e decide enviar uma mensagem numa garrafa: nunca sabe ao certo se a mensagem será recebida e lida por alguém.
Para um bloguezito de uma simples biblioteca perdida no mundo virtual, onde milhões de sítios, plataformas, redes sociais, jogos, e blogues compõem uma nuvem virtual em permanente expansão, ao fim de um ano de existência, mantido com a força de vontade e a tenacidade de um só elemento da biblioteca, não me parece nada mal que tenha conseguido ultrapassar as 40 000 visitas.
Para o Capitão Kispo foi um acontecimento inesperado. Saber, além do mais, que do mundo inteiro nos visitam, e principalmente do mundo da lusofonia, do Brasil por exemplo, é uma grande surpresa. Os blogues contrariam Babel. Os blogues unem as pessoas.
Estava o Capitão Kispo a rever o filme o Fantasma da Ópera, quando, dando uma vista de olhos ao respectivo Blogue, descobriu que este atingira as tais 40 000 visitas.
Muitos dos visitantes dos blogues e páginas Web, são como fantasmas que não deixam rasto, espíritos que vagueiam pelo universo virtual da Web, que nos visitam por instantes, e regressam ao seu mundo, após virtual e fugaz passagem.
Que pena sente contudo este Capitão, ao não ter rasto dessa efémera passagem. Aqui fica um voto: deixai comentários, sugestões que possam tornar este Blogue do Kispo, mais apelativo e mais interessante. Todas serão lidas com atenção.
Enquanto pensam no assunto, o Capitão Kispo vai abordar, com leveza de lençol branco fantasmagórico, a história do Fantasma da Ópera.
The Phantom of the Opera (br / pt: O Fantasma da Ópera), é um filme estadunidense e britânico de 2004, do género drama musical, dirigido por Joel Schumacher, e com roteiro de Andrew Lloyd Webber e Joel Schumacher, baseado em novela de Gaston Leroux.
PARA QUEM NÃO CONHECE O FANTASMA DA ÓPERA – ENREDO:
“Num leilão realizado no Teatro da Ópera de Paris, Raoul, o Visconde de Chagny, oferece uma soma por uma estranha caixa de música. Nos transportamos então para a juventude de Raoul... Nos ensaios de uma nova obra, Hannibal, Lefèvre, gerente do teatro, decide apresentar os novos gerentes do teatro, já que vai se aposentar, sendo estes, André e Firmin. Carlotta, a soprano, resolve não cantar na peça após quase ser morta por uma queda da tela. Os novos gerentes ficam sabendo que já ocorreram vários incidentes no local, os quais todos acreditam ser obra do Fantasma. Meg, filha de Madame Giry, indica sua amiga, Christine Daaé para cantar substituindo Carlotta, o que de fato acontece. Raoul, patrocinador do Teatro, manifesta entusiasmo pela nova estrela, e vai em seu camarim visitá-la. Enquanto Christine está sozinha, aparece uma figura atrás do espelho: o Fantasma. Este leva Christine para a escuridão além do espelho e a conduz através de um labirinto secreto. Christine dorme nos aposentos do Fantasma, mas no dia seguinte pede para voltar. Todos recebem cartas do Fantasma, que exige que Carlotta seja substituída por Christine no papel principal da reestréia da ópera Il Muto, mas os gerentes asseguram Carlotta de que ela terá o seu lugar mantido. Irritado, o Fantasma faz com que Carlotta emita o coaxar de um sapo, e André a substitui por Christine. A presença do fantasma segue manifestando-se- quando o corpo de Buquet, o operador dos panos de fundo, cai da tela do teatro com uma corda atada ao pescoço. Christine refugia-se- com Raoul no terraço, mas despertam a fúria do Fantasma quando este os vê juntos. Num baile de máscaras todos celebram o Ano Novo e o desaparecimento do Fantasma. Raoul e Christine ficam noivos em segredo.
Em plena celebração, uma estranha figura desce pela escada. O Fantasma voltou. Ele lança a partitura de sua nova obra, Don Juan Triunfante, a André e ordena que ele a monte. Os cantores têm dificuldade para aprender a partitura dissonante. Christine visita o túmulo de seu pai. Ela sabe que se puder libertar-se de sua memória não ficará mais dominada pelo Fantasma, que aparece no cemitério e exerce certa influência hipnótica sobre ela, até que Raoul chega. O Fantasma, enfurecido, declara guerra a ambos. Na cena final da ópera, Christine se dá conta de que o Fantasma está no lugar de Piangi, tenor principal da companhia, no papel de Don Juan. Mesmo cercado pela polícia, o Fantasma consegue escapar levando Christine consigo. Madame Giry aceita levar Raoul até o Fantasma. No abrigo subterrâneo, Christine o enfrenta, dizendo que sua verdadeira deformação está em sua alma, não em seu rosto. Raoul chega e o Fantasma o prende. Ele ameaça Christine dizendo que se ela não ficar com ele para sempre, só verá Raoul morto. A multidão se aproxima cada vez mais, o Fantasma finalmente cede e os manda ir embora. A multidão desce até o esconderijo mas tudo que resta do Fantasma é a sua máscara branca. Talvez em vida o Fantasma não tenha ficado com Christine. Mas quem garante como foi após a morte?
ORIGEM
O filme é baseado na obra do escritor francês Gaston Leroux.
Gaston Louis Alfred Leroux (Paris ,6 de maio de 1868 - 15 de abril de 1927 ) foi um escritor francês, célebre pelo livro O Fantasma da Ópera, a sua obra-prima.
Os seus pais eram naturais de Le Mans (Normandia). Numa viagem efectuada pelos pais, Gaston Leroux acabou por nascer em Paris. Mais tarde voltou a Paris para ver onde nascera e, abismado, notou que no primeiro andar havia uma funerária, então exclamou: "Vim atrás de um berço e acabei encontrando um caixão".
Cresceu no porto de Valéry en Caux, na Normandia, onde pescava e velejava. Na escola, mostrou-se um aluno extra-disciplinado, ganhando prémios atrás de prémios.
Mudou-se então para Paris onde começou a cursar a Universidade de Direito, e em 1889 estava formado. Delapidou a fortuna do seu pai, em jogos, mulheres e investimentos mal-sucedidos.
Desistiu do direito e foi trabalhar como jornalista em Paris. Usando seus dotes de advogado teve sucesso imediato. Foi então para um jornal maior com um salário também maior.
Produziu extensa obra literária, mas foi a obra O Fantasma da Ópera (1910) que o tornou imortal.Curiosamente, nas primeiras semanas foi ignorada pelo público. A obra foi escrita depois de Leroux ter visitado a Ópera de Paris e ter conhecido o seu lago subterrâneo, que realmente existe, e quase se perder no labirinto de portas e escadas que é esse teatro.
Em 1896, houve um acidente com o lustre da Ópera de Paris que caiu sobre a plateia lotada. Ao que parece, foi obra de um militante anarquista que colocou uma bomba no lustre. Juntando à esses ingredientes uma boa dose de imaginação, Leroux criou sua obra-prima.
Pouco a pouco, o livro conquistou o público, tornando-se um grande sucesso. Posteriormente Leroux tanto aprovou como colaborou na elaboração de uma versão cinematográfica do livro, feita pela Universal Pictures em 1925. Muitas outras versões foram feitas depois, mas nenhuma delas foi fiel à história de Leroux.
Para conhecer melhor Gaston Leroux:
SITE OFICIAL: http://www.gaston-leroux.net/actualites.htm
O LIVRO
1910. LE FANTÔME DE L'OPÉRA.
Feuilleton quotidien dans Le Gaulois.
Un vol. in-12 de 520 p. Couverture illustrée en couleurs. Pierre Lafitte et Cie, juin 1910.
Deux vol. in-8, de 80 et 78 p., illustrés par les photos du Film Universal. (I. Erik. - II. Le Mystère des trappes). Société d'Éditions et de Publications. (Tallandier), janvier-février 1926.
Recueilli dans Gaston Leroux. Collection "Bouquins", Laffont, mars 1984.
Capitão Kispo, adorei saber a história por detrás do Fantasma da Opera! E de conhecer o seu verdadeiro criador!
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