quinta-feira, novembro 07, 2013

"DITOSA PÁTRIA QUE TAL FILHO TEVE!"


Luís de Camões não esbanjava louvores. Contudo, após várias referências elogiosas, no Canto Oitavo, estrofe 32, no quinto verso, de Os Lusíadas, o poeta da epopeia lusa não se contém e, referindo-se a D. Nuno Álvares Pereira, exclama: "Ditosa pátria que tal filho teve!"

O mestre do lusitano idioma falou. Pouco mais podemos acrescentar. Resta-nos saborear as aliterações em "t", peremptórias, definitivas, ecos de glória. Nunca "tal" me soou tão bem!

Eis a estrofe 32:

«Se quem com tanto esforço em Deus se atreve
Ouvir quiseres como se nomeia,
«Português Cipião» chamar-se deve;
Mas mais de «Dom Nuno Álvares» se arreia.
Ditosa pátria que tal filho teve!
Mas antes, pai! que, enquanto o Sol rodeia
Este globo de Ceres e Neptuno,
Sempre suspirará por tal aluno.



No dia 1 de novembro de 1431, o ilustre Condestável falecia, na cidade de Lisboa, passando a viver na memória de um povo que tanto lhe deve.

Um dia, a 26 de abril de 2009, D. Nuno Álvares Pereira foi declarado santo pelo papa Bento XVI

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